Romance, mistério, drama. Filme e livro. Cenário: Alemanha, pós-2º Guerra. Algumas das temáticas que o filme abrange: o Holocausto e o analfabetismo. O leitor, dirigido por Stephen Daldry, de As horas é um filme emocionante, porém, como qualquer outro, tem seus autos e baixos. Um dos pontos fracos do filme é a irregularidade que o roteiro se desenvolve. Situo-o em duas partes: a primeira apresentada por meio do romance entre Hanna e Michael em suas "juventudes curiosas" e a segunda quando os dois já se encontram em idades mais avançadas. As aspas da expressão acima refere-se ao comportamento dos personagens. A descoberta mútua de Hanna e Michael é envolvente e sedutora: a curiosidade e o desejo de conhecimento operam seus anseios. Hanna deseja absorver ao máximo a leitura proporcionada por seu amante, uma vez que não sabe ler, nem escrever. Michael, por sua vez, é coordenado pelos estímulos sensoriais e emocionais proporcionados pela experiência sexual com uma mulher mais velha. A narrativa é conduzida de forma brilhante: leve, lírica e repleta de sedução. Outro ponto que contribui é o cenário, o filme foi todo filmado na própria Alemanha, buscando dar um aspecto ainda mais real do pós 2º Guerra.
Porém, vem a segunda parte do filme. Na verdade, a primeira é apenas uma lembrança retirada da memória do já maduro Michael. O jovem Michael, interpretado de forma excepcional pelo quase inexperiente Bruno Ganz, deixa lugar a um Michael amargurado, que não sabe nem seu lugar no mundo ao certo. Sua interpretação é feita por Ralph Fiennes, esse que deixa muito a desejar. Já a sedutora Hanna está sob os comandos de Kate Winslet. Já falei muito de Kate por aqui e seu crescimento profissional pós-Titanic é digno de se tomar nota. Porém, Kate parece afundar junto com Fiennes na interpretação de Hanna ,pós-julgamento, além de dar lugar a uma senhora de idade que não possui traços nenhum dos anos idos. Mas vocês devem estar se perguntando: onde é que o Holocausto entra nessa história? Bom, se eu contar isso acabaria com os mistérios que o filme abarca. Porém, asseguro-os que não é mais uma produção sentimentalista sobre o Holocausto, que busca apontar mocinhos e bandidos da história. Na verdade, essa temática é um pano de fundo do filme. Seu ponto forte é proporcionar uma reflexão sobre os dois lados do episódio: dos familiares da vítima, aos entes dos acusados.
Pelas brilhantes cenas proporcionadas por Hanna e Michael (Kate e Bruno,) recomendo o filme! Por fim, é interessante a forma que o filme retoma alguns dos grandes clássicos da literatura universal. Confesso que após assisti-lo, deu até vontade de relê-los. Se eu tivesse tempo...
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